Melatonina, a agenda do corpo
Um hormônio secretado pela glândula pineal, localizada no cérebro, ganha cada vez mais admiradores, que tomam sua versão sintética como que bebe da fonte da juventude. A promessa: ela seria capaz até de reverter a passagem do tempo. Mas os cientistas não têm provas. Reconhecem que a substância é a responsável pela incrível pontualidade do corpo humano saudável, em que cada órgão faz a coisa certa na hora certa. Se tem efeito como remédio é outra história. Por isso sua comercialização ainda é proibida no Brasil.
Até recentemente, fora da comunidade científica, seu nome só era conhecido de poucos viajantes internacionais e pilotos. Essa gente sabia da sua fama de bloquear o jet lag, o mal-estar que alguns sentem quando mudam de fuso horário. Mas, de uns tempos para cá, a melatonina caiu na boca do povo. E como caiu. Cerca de 3 milhões de americanos não passam sem seu comprimido de melatonina toda noite e 40 000 brasileiros também não vão para cama sem ela. A maré de usuários sobe desde o final de 1995, impulsionada por livros propagando que o hormônio evitaria o envelhecimento.
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